Não é que eu inda te queira
não é que já não te ame
e nem que ainda me doa
ou que por ti não me encante
Já não te quero esquecer
e as lembranças se despedem
os meus olhos não são teus
mas quando passas te seguem
Nada em ti é sofrimento
e paixão se faz ausente
mas gosto de te guardar
- o meu amor não te mente.
sábado, 12 de setembro de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Procuro um letreiro de Neón
Foi pela flor de delicadeza
de querer, de prazer
o desejo de viver
e a vontade de nos ter
Foi por um olhar certeiro
uma mira derradeira
de quem sabe onde atira
por não querer tirar vida
Foi pelo beijo profundo
o arrepio delicado
as mãos macias e fortes
e o tapete apresentado.
Não foi por isso.
Não foi por isso que eu te amei sem te saber.
Não foi pra isso.
de querer, de prazer
o desejo de viver
e a vontade de nos ter
Foi por um olhar certeiro
uma mira derradeira
de quem sabe onde atira
por não querer tirar vida
Foi pelo beijo profundo
o arrepio delicado
as mãos macias e fortes
e o tapete apresentado.
Não foi por isso.
Não foi por isso que eu te amei sem te saber.
Não foi pra isso.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Ninguém
Se acreditava que a vida era feita de encontros, é que essa vida já não valia mais a pena. Tanta dor, desencontro, desencanto, pra quê? Ela perguntava, Meu Deus.
Sempre fingira não crer nas pessoas, é verdade. Mas aquelas que ela tinha escolhido para si, nem pessoas eram, eram como anjos distraídos. Distraídos? Decaídos, quem sabe.
Não que se julgasse pessoa muito ascendida. Mas não merecia aquilo, Meu Deus, eu não mereço!
Foi em constatar que não sabia discernir a quem devia ou não se entregar o coração, que só teve por opção não se entregar a mais ninguém.
quinta-feira, 19 de março de 2009
Ah, bruta flor, bruta flor
Que existe a beleza, o amor, o instante pleno, isso lá é verdade. Mas é verdade que, agora, nada me completa. Nada completa. Eu não te basto e tu só me sobras.
Porque existe também a dor. Que além de ensinar, além de ser pouco frente à intensidade do instante vivido, dói. Machuca e Machuca. Até não mais ser dor. Até destruir a capacidade de sentir. A capacidade de, além de sorrir e alegrar e gozar, sentir dor. E quando o sentir se esvai, é a maior das evoluções - evoluir pra quê, pra onde, meu Deus?
Porque existe também a razão. Que inventa e desinventa e faz e desfaz. Que dá sentido a tudo pra suprir o não sentir quando mais nada é sentido. A razão. Que além de medir, pesar, explicar e enganar, racionaliza. E é dividindo pela raiz quadrada de dois que até o des-sentido fica menor. E é virando cálculo que não é mais dor, é o doer divido - nada além de uma explicação. Daqui pra li, de mim pra ti, dali praqui e de lá pra mim.
Ali, maior que um, mas irremediavelmente menor que dois, é onde as dores se confundem. E confundem.
Ah, bruta-flor, só confudem.
Porque existe também a dor. Que além de ensinar, além de ser pouco frente à intensidade do instante vivido, dói. Machuca e Machuca. Até não mais ser dor. Até destruir a capacidade de sentir. A capacidade de, além de sorrir e alegrar e gozar, sentir dor. E quando o sentir se esvai, é a maior das evoluções - evoluir pra quê, pra onde, meu Deus?
Porque existe também a razão. Que inventa e desinventa e faz e desfaz. Que dá sentido a tudo pra suprir o não sentir quando mais nada é sentido. A razão. Que além de medir, pesar, explicar e enganar, racionaliza. E é dividindo pela raiz quadrada de dois que até o des-sentido fica menor. E é virando cálculo que não é mais dor, é o doer divido - nada além de uma explicação. Daqui pra li, de mim pra ti, dali praqui e de lá pra mim.
Ali, maior que um, mas irremediavelmente menor que dois, é onde as dores se confundem. E confundem.
Ah, bruta-flor, só confudem.
domingo, 15 de março de 2009
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
automatic stop
Pode começar agora!
Me pegue pelo braço e me faça ouvir as coisas que você tem medo de dizer, que você insiste em não querer dizer.
Diga agora! Antes que eu me canse de tentar fazer as coisas funcionarem, você me diz que está cansado, mas você mal tentou, ficou assistindo as coisas acontecerem na sua frente e não fez nada, agora que preciso da sua interferência você se retira da sala, que agora ficou vazia.
Se para você não tem importância eu também sigo sem olhar pra trás, o vinho com que brindamos o nosso amor virou vinagre, não há samba ou rock para tocar. Eu estava certo, I'm not your friend, I never was.
Me pegue pelo braço e me faça ouvir as coisas que você tem medo de dizer, que você insiste em não querer dizer.
Diga agora! Antes que eu me canse de tentar fazer as coisas funcionarem, você me diz que está cansado, mas você mal tentou, ficou assistindo as coisas acontecerem na sua frente e não fez nada, agora que preciso da sua interferência você se retira da sala, que agora ficou vazia.
Se para você não tem importância eu também sigo sem olhar pra trás, o vinho com que brindamos o nosso amor virou vinagre, não há samba ou rock para tocar. Eu estava certo, I'm not your friend, I never was.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Da entrega
É nesse te ter a meu lado, que agora tudo eu quero explicar.
Tudo de mim transborda, e quer virar poesia.
Quer dançar no ar, quer sair de mim, entrar em ti,
voltar pra mim e se fazer nós.
Quer te fazer entender cada segundo desse infinito.
Quer me fazer entender cada sutil arrepio.
Quer não te deixar.
Uma vontade de só pensar em ti, pra não perder nenhum momento.
Pra não perder tempo com besteira.
É tanto que, não suportando tanta beleza, meu olhos afogam.
Meu corpo sufoca, meu peito rebenta
-quase não aguenta.
Mas é de quase não aguentar que meu coração se alimenta,
e já não suporta mais as calmarias desses dias sem ti.
Eu quero a mão suando, o coração batendo,
Tua mão no meu seio e teu ouvido me dizendo - como se fosse preciso.
É vontade de ser mais, só pra ser pra ti.
Só por ti.
É moto-contínuo.
Eu não vou me entregar, não adianta,
eu sempre fui tua.
Tudo de mim transborda, e quer virar poesia.
Quer dançar no ar, quer sair de mim, entrar em ti,
voltar pra mim e se fazer nós.
Quer te fazer entender cada segundo desse infinito.
Quer me fazer entender cada sutil arrepio.
Quer não te deixar.
Uma vontade de só pensar em ti, pra não perder nenhum momento.
Pra não perder tempo com besteira.
É tanto que, não suportando tanta beleza, meu olhos afogam.
Meu corpo sufoca, meu peito rebenta
-quase não aguenta.
Mas é de quase não aguentar que meu coração se alimenta,
e já não suporta mais as calmarias desses dias sem ti.
Eu quero a mão suando, o coração batendo,
Tua mão no meu seio e teu ouvido me dizendo - como se fosse preciso.
É vontade de ser mais, só pra ser pra ti.
Só por ti.
É moto-contínuo.
Eu não vou me entregar, não adianta,
eu sempre fui tua.
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