domingo, 6 de abril de 2008

a vida inteira pode ser qualquer momento

Once - que eu não traduziria como 'Apenas uma Vez' - está entre as coisas da vida que chamo carinhosamente indizíveis.
Once não é sobre o amor, sobre a música ou sobre uma maravilhosa produção cinematográfica - essa combinação todo mundo já viu antes.
Não é aquele mundo da mágia onde tudo é possível, nem tão pouco é essa vida real onde nada dá pé. Once não é a freqüência com que você encontra a pessoa certa. Não é nada disso.
Tem aquele cara que conserta aspirador de pó e tem aquela garota Tcheca, ambos em suas vidas totalmente humanas, reais. Tem aquele encanto de encontro, que poderia acontecer com qualquer um de nós, e que provavelmente já aconteceu com você. Tem também toda aquela coisa da música, que transforma esse encontro em algo mais 'raro' que os fãs d'O Teatro Mágico. Isso era o que eu sabia, esperava de Once.
Mas Once não é isso.
Confesso que todas essas negações são simplesmente porque significar Once me é impossível.
Eu já o queria antes mesmo de conhecê-lo e, como na canção, achei que por isso o queria tanto. Em verdade, agora eu o quero muito mais.
Eu estava, de fato, tão enganada quanto os que alegam que ali não há um final feliz.
Na saída do cinema, ouvindo Once no mp3, eu finalmente entendi que, naquele final, aquele cara e aquela garota viveram felizes para sempre.

(Você não viveria?)

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